31 dezembro 2009

O último do ano

Este é o último post deste ano.
Serve para desejar a todos aqueles que passam os olhos naquilo que aqui escrevo um ano de 2010 repleto de coisinhas boas.
Espero, sinceramente, que o próximo ano seja melhor que 2009. Não me posso queixar, já que foi este ano que "recebi" a maior prenda de sempre, mas compreendo que, para a maioria das pessoas, 2009 não foi um bom ano.
Resta a esperança de que nos próximos 365 dias algo mude para melhor.

Um grande abraço e grandes festas na companhia dos que mais gostam.

Vemos-nos em 2010!


Fica esta imagem de uma cidade que adoraria visitar em 2010...



30 dezembro 2009

Preguiça

Mais um futuro não-êxito da minha antiga não-banda de garagem:

Preguiça

A preguiça ataca
A cada momento do meu dia
E arranjo alguém que faça
Aquilo que, tão bem, podia

A preguiça deita-me no sofá
Dá-me o comando e a televisão
Melhor vida que esta não há
E melhores dias (ainda) virão

A preguiça é minha companheira
Empurra-me para a cama
Abstrai-me do trabalho
É uma amiga verdadeira

Espreguiço-me e volto-me a deitar
Pois ainda não é meio-dia
E hoje não fui trabalhar
Nem ontem, porque também não queria

Procurem trabalho
Feliz de quem o acha
Não faço um cara...
Arranjei uma baixa

29 dezembro 2009

TV Cabo Vs Catsone

2ª vez este mês:
11:23 am
Trim-Trim Trim-Trim
Eu: "Estou"
TVCabo (TVC): "Bom dia"
Eu: "Bom dia"
TVC: "Estou a falar com o Sr. Catsone?"
Eu: "Foi para ele que ligou?
TVC: "Como? Bem... foi sim"
Eu: "Então é ele quem fala"
TVC: "Pois... err... bom dia. Meu nome é _________. Falo em nome da TV Cabo e tenho uma proposta para lhe fazer"
Eu:"Não me diga..."
TVC: "Já tem o serviço blá, blá, blá e são mais 2€ e mais blá, blá, blá que são apenas mais 20€, blá, blá, blá, o que acha? Está interessado?"
Eu: "Não. Mas não desligue. Tenho uma proposta para si"
TVC: "Como?"
Eu: "Se você ligou-me para fazer uma proposta de negócio, acho que lhe posso fazer também, certo?"
TVC: "Bem, sabe que..."
EU: "Não me quer comprar um Fiat Mirafiori de 78 impecável? Está interessado?"
TVC: "Hum, não, peço desculpa"
EU: "Então adeus"
tu-tu-tu-tu

28 dezembro 2009

Re-post: "nem o vi..."

Tenho andado com vontade de escrever mas, como não sei o quê, vou fazer um re-post de algo que escrevi em 2005. Parece-me que, no entanto, permanece actual...

"Esta semana muito se falou do TGV em Portugal...
TGV, no entanto, quer dizer: Train à Grande Vitesse! É uma sigla francesa.
A nossa versão vai se chamar:
CRPC, o que quer dizer, Comboio Rápido Prá Caralho!"

22 dezembro 2009

Town of sadness

Por vezes, descobre-se que existem coisas que não se dominam, que estão sob um comando maior e contra as quais não há nada a fazer senão aceitar nossa incapacidade em resolve-las.
É nessa hora, quando descobrimos que não somos deuses, que caímos de joelhos e remetemo-nos à nossa mais pura insignificância.


Hoje estou de joelhos.


21 dezembro 2009

Condom mínio

Para começar bem a semana, hoje à noite há reunião de condomínio.
Já limei as unhas e os caninos...


Vermelho Pai Natal

Eu sou Portista e, principalmente, desportista, e não faço apenas textos a congratular-me pelas vitórias azuis (embora esses textos sejam em maioria, felizmente para mim).
Eu não gosto de perder, nem de estar em 3º a esta altura do Campeonato.
Daí escrever para dar os parabéns aos vermelhos. Parece que esse é o ano. Estão melhores do que nunca e merecem estar onde estão.
Ao meu FC Porto, espero que pró ano consigamos ocupar o nosso habitual lugar e ultrapassar essa concorrência encarnada.
Dito isto, parabéns...









































...ao Sporting Clube de Braga, campeão de inverno!!!


Não queriam mais nada? Eu dar os parabéns ao Benfica na minha própria "casa"? Era o que mais faltava... e ainda mais hoje...

19 dezembro 2009

EU AMO A MINHA PRIMA!!!

Eu tento, eu juro, mas não consigo dizer tantas patetices como alguns iluminados que praí andam.
Por mais que use a imaginação, não consigo inventar cenários tão extravagantes e histórias tão mirabolantes como as criadas por essas mentes pensantes do nosso plantel político.
Tenho pena e sinto-me frustrado, afinal não sou um rapaz com tanta graça como eles.
Enquanto saírem, da boca de determinadas ostras, pérolas como a que se segue, eu nunca terei hipótese de fazer graça.


«Se admitimos casamento gay também podemos admitir casamento entre irmãos»
Deputado do PSD eleito pela Guarda faz declarações polémicas"
In IOL

A frase anterior, e toda a ideia que vem explícita no texto da notícia, é do deputado do PSD Carlos Peixoto. Um génio. Um visionário.
Ó seu Carlos, fico triste por não citar a possibilidade de casamentos entre seres humanos e orangotangos... hum, peço desculpa, mas parece que isso já aconteceu na Madeira...

16 dezembro 2009

Agora vai!


Depois de Jesus, agora o Benfica contratou Allan Kardec! Se não ganharem ao FCP no próximo fim-de-semana, devem contratar o Santa Cruz, o Moisés, o Matuzalém, o Prof. Fofana e, quem sabe, o próprio Bento!!!



Ps: parece que não, a próxima contratação é:

Bendito Jesus!!!


Fotos: google

15 dezembro 2009

TV Cabo Vs Catsone

Já estava a estranhar: o mês de Novembro sem um telefonema? Meio de Dezembro e nada? Hum, já estava com saudades... NOT!!!

10:00 a.m.
Trim-Trim Trim-Trim
Eu: "Estou"
TVCabo (TVC): "Bom dia"
Eu: "Boa dia"
TVC: "Estou a falar com o Sr. Catsone?"
Eu: "Sim"
TVC: "Meu nome é _________. Falo em nome da TV Cabo e..."
EU: "O quê? Da TV Cabo? A sério?"
TVC: "..."
Eu: "Epá, há quanto tempo? Já pensava que se tinham esquecido de mim! Está tudo bem por aí?"
TVC:"Bem, acho que sim. Mas, desculpe, não foi comigo que falou da ultima vez, pois não?"
Eu: "Ora, amigo, isso não interessa, vocês são uma grande família, certo? Mas tive muito gosto. Boas festas e até para o ano."
TVC: "Mas espe..."
Tu-tu-tu-tu...

14 dezembro 2009

Desafi(n)o

Fez-me um desafio, o Cirrus. Desafiou-me a escrever uma lista de livros que gostasse de receber no Natal.
Este é realmente um grande desafio. Existem alguns livros que gostaria de receber mas falta-me algo ainda mais valioso: tempo.
Tenho imensa coisa para ler do meu próprio trabalho: artigos, revistas, sites da especialidade, livros (vários) técnicos. Isto deixa a leitura lúdica reservada às maravilhas que se pode encontrar na blogosfera.
No entanto, aceitei o desafio e publico aqui uma listinha dos livros que gostari
a de (ter tempo de) ler:
1: Fúria divina, do orelhas José Rodrigues dos Santos;
2: Mensagem, Fernando Pessoa;
3: 2666, Roberto Bolano;
4: O evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec (e não é o novo PL do Benfica!);
5: O Ataque dos Demónios da Neve Calvin & Hobbes, Bill Watterson.

E era isso. Pode ser que para as férias de verão leve algum desses.

10 dezembro 2009

O anónimo


Quem tem um blog sujeita-se ao "anónimo".
O "anónimo" é uma entidade da blogosfera. É tipo o Yeti ou a Nessy, nós "sabemos" que existe mas não temos nenhuma prova. O "anónimo" até deixa pistas, escreve, manda umas postas de pescada e vai-se embora sem deixar rasto. Ninguém tem uma foto do "anónimo", ninguém consegue descreve-lo, mas todos que escrevem num blog já tiveram a oportunidade de ter contacto com este ser.
Uma das poucas certezas relativamente ao "anónimo" é que existe mais do que um. Só assim se explica que um "anónimo" escreva maravilhas sobre um determin
ado assunto e outro, logo no comentário a seguir, envie uma colecção de rico calão ou até uma ameaça de morte.
Desconhece-se, no entanto, o género do "anónimo". Embora seja um substantivo masculino, parece tratar-se de um ser hermafrodita ou, quem sabe, assexuado.
O "anónimo" costuma ser um ente deveras efusivo nos comentários. Escreve muitas vezes com maiúsculas e com inúmeros erros que vão desde a acentuação até a concordância. Se calhar faz parte da estratégia para chamar a atenção ou, se calhar, é mesmo imbecilidade.
Uma das características mais irritantes do "anónimo" é a sua incapacidade em perceber a fina arte da ironia. Demonstra ser algo muito crédulo em tudo que lê e que possui uma mente pouco elástica.
Resumindo, o "anónimo" é um bicho engraçado e estranho, o ornitorrinco da blogosfera.

Eu tinha tido, desde início deste blog, contactos vários co
m esta entidade. "Anónimos" bem dispostos pousavam aqui e ali e em determinados posts mais do que uma vez. Eles sempre fizeram comentários bem dispostos e criativos, enaltecendo e mostrando agrado pelos textos que escrevia. No entanto, observava o que outros "anónimos" faziam em blogs vizinhos. Vociferavam fortemente contra aquilo que fosse oposto às suas ideias, não se coibindo de insultar a mãe do incauto blogueiro (ou será bloguista?).
Escrevo sobre esta espécie hoje porque, também hoje, enquanto caminhava por posts antigos, observei alguns comentários que foram feitos e que eu não tinha tido oportunidade de ler.
O post que provocou tamanha ira do gado "anónimo" foi este. Li os comentários e, apesar de os achar ofensivos, nunca p
ensei em apaga-los porque deram-me um gozo imensurável. Ganhei o meu dia só por encontra-los.
Deu-me gozo saber que há pessoas que se perdem por aqui e que ficam verdadeiramente chateadas com as estupidezes que escrevo. E, mais importante, dá-me um grande gozo saber que elas, ao escreveram aquilo, acreditam realmente que vou ficar arreliado.
Tenho que lhes confessar que soltei uma lágrima... de rir.

A seguir deixo-vos com os ditos:

O
s comentários que se seguem são susceptíveis de causar ataques de riso extremos; leiam-se com moderação e não se tente corrigir a ortografia ou decifrar insultos!


Insultos a reter:
1 - "Seu monte de bosta";
2 - "Panacá (?)"
3- "Imbecil espiritual"
4- "Instrume de camelo" (muito bom!)
5- "Vagabundo"
6- "Jacaré de tamanco" (aqui perdi uma gotinha)
Fora o facto de chamarem-me pinguço.

Que deus esteja convosco, irados irmãos "anónimos", e voltem sempre!

09 dezembro 2009

Espanholices


PS: Não sei quem criou esta "maravilha", mas dou os créditos ao Kitos.

07 dezembro 2009

Welcome back

Faltam apenas 215 dias!!!





"Pearl Jam no Optimus Alive!10" in Blitz

Pai sofre IX - As musiquinhas

Eu, com a minha menina ao colo, a cantarolar.
Mamã: "O que é que estás a cantar?"
Eu: "É uma canção de mamar?"
Mamã: "Uma canção de ninar, não?"
Eu. "Não, é mesmo de mamar. Queres ouvir?"
Mamã. "Se eu disser que não?"
Eu: "Ouves na mesma. Aqui vai: hum, hum...
"Mamocas, mamocas,
Mamocas boas da mãe
Mamocas, mamocas,
Tão boas ninguém as têm
Mamocas, mamocas,
O pai queria umas iguais
Mamocas, mamocas,
Só há duas, não temos mais"
Eu: "Gostaste?"
Mamã: "Eu nem por isso, mas a tua filha está a sorrir, só não sei se é por causa da música..."


06 dezembro 2009

Presente de grego

Porque é quase natal...




05 dezembro 2009

ABC...


«Brasil-Portugal? Vai ser Brasil A contra Brasil B» Dunga (seleccionador do Brasil) in Mais Futebol

Esta frase só não é mais ridícula e patética do que o seu terrível gosto para camisas...


Este blog apoia!


04 dezembro 2009

Gripe? Ahhhhh...

Tomei a vacina contra a gripe A ontem à tarde.
Começa-me a crescer um 3º braço no local...




















Weird...
Eh?

03 dezembro 2009

Pai sofre VIII - A Saudade...

Contingências da vida obrigam-me a estar longe de casa durante quase toda a semana.
Estar longe da família é deveras difícil e o tempo vai rastejando ao passo de caracol.
E a saudade aparece.
Nestes últimos tempos tenho pensado e escrito muito sobre essa coisa da saudade. Já a tinha conhecido antes mas, agora, apareceu mais alta e forte e vai irrompendo, inadvertidamente, de vez em quando, pelo meu frio quarto adentro.
Ela faz-me lembrar dos tempos bons passados com a minha "árvore de louros". Lembra-me dos seus sorrisos e palreios e lembra-me, também, que ainda falta algum tempo para poder voltar a vê-la.
Estar sozinho nesta fase não está com nada. Perder pequenos avanços de uma nova vida é uma lástima. E a saudade vai crescendo e ocupando cada vez mais espaço neste quarto escuro. Vai comprimindo os meus sacos lacrimais até que ofereçam o conteúdo à minha face tristonha. E as gotas vão escorrendo pela cara e dando mais espaço à obesa saudade.
As lágrimas, de unitárias, passam a conjunto, num contínuo riacho salgado. Chegam ao coração, arrefecendo-o. Sente-se o gosto amargo na garganta e o nó no estômago aperta-se.
A saudade, então, vira dor. Uma moinha que não vai embora, voltando em surtos e remissões. Não há analgésicos para esta dor, é dor de viciado em algo ou alguém. E como viciado, a abstinência cobra dividendos.
Neste momento, reduzo-me a algo sufocado por um sentimento que está fora de controlo e procuro algum consolo. Procuro a minha dose diária de filha.
Ligo o computador que, com o frio polar do quarto, reluta em arrancar. Mas enfim mostra-me a imagem da minha menina a sorrir. É como um sol que aquele o quarto e derrete a saudade. Enche-me de energia e devolve a vontade de viver mais uns tempos até voltar a sentir a minha "droga" novamente nos braços.
E a saudade é expulsa, vai dar uma volta... pelo menos por uns tempos.



01 dezembro 2009

O Natal de S. Jerónimo

O Natal não era bem-vindo em São Jerónimo de Belmonte. Ninguém gostava do Natal por aquelas bandas. Ali, o Natal era sinónimo de medo e causa de grande inquietação. Sempre que o Natal chegava coisas ruins aconteciam: roubos, mortes e um conjunto de outras desgraças.
Aquela cidade encarava o Natal como uma espécie de maldição. Uma factura a pagar por erros antigos, cometidos por pessoas sem escrúpulos, que condenaram a cidade a viver aquele suplício. As pessoas gostariam de esquecer o Natal, m
as isso era impossível.
Nas cidades vizinhas o Natal era normal e as pessoas mantinham as preocupações rotineiras do dia-a-dia, sem grandes temores. Eles conhecia
m os efeitos do Natal em S. Jerónimo; conheciam a história daquela cidade e sabiam o porquê da maldição envolvendo o Natal mas, como bons católicos que eram e como não era nada com eles, aceitavam-na.

Notava-se uma crescente ansiedade e angústia em todas as gentes à medida que aquela altura do ano se aproximava. Às vésperas da chegada do Natal já ninguém falava com ninguém, não havia sorrisos nas caras das pessoas e o comércio pouco se preocupava com as vendas. O Natal estava à porta e o povo pensava em c
omo se proteger e conjecturava sobre o que de mal poderia acontecer este ano.
A cidade encontrava-se em reboliço e o movimento era frenético nas ruas. Algumas pessoas compravam pregos e tábuas para fixarem portas e janelas, outras faziam as malas e partiam nos seus carros.
Havia uma grande debandada da população e a cidade ficava praticamente vazia. Em determinados anos a cidade ficava sem qualquer pessoa e a única coisa que se ouvia eram os ventos fortes e frios das noites de Dezembro.
A cidade preparava-se novamente para enfrentar a sua maldição.

Naquela noite não estava ninguém na rua. Raramente, via-se um carro na avenida principal a dirigir-se para fora da cidade. As luzes das ruas permitiam ver as poucas decorações de Natal preparadas pela câmara municipal.
As casas mantinham portas e janelas encerradas e as pessoas, que se mantinham corajosamente na cidade, protegiam-se do que viesse a acontecer. Os moradores conseguiam ver luzes azuis e vermelhas que penetravam nas frestas das janelas que imaginaram ser dos pirilampos das viaturas da polícia.
De repente o silêncio foi quebrado. Ouviram-se gritos, sirenes e, finalme
nte, uma saraivada de tiros. Ouviam-se vidros a partir e pessoas a correr. Vozes de comando indicavam as posições dos polícias no terreno. Ouviam-se o zunir das balas que seguiam o seu caminho. Viam-se flashs e cheirava-se o medo. O Natal chegara para cumprir com a tradição.

E fez-se silêncio novamente. Tão depressa como começou, terminou. Ouviam-se agora gritos de alegria e gargalhadas e as pessoas comemoravam.
A maldição terminara, finalmente.

Na manhã seguinte, os ardinas gritavam a principal notícia do jornal da cida
de. As pessoas beliscavam-se mutuamente numa tentativa de descobrir se tudo não seria um sonho.
No jornal podia-se ler:




Luís Fernandes Lisboa ®

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