31 outubro 2009

Dia das Bruxas

Por ser dia das bruxas o CR9 deve ter enviado uma prenda ao bruxo Pepe, não?


Bom Halloween!

TV cabo vs Catsone

9:00 pm
Trim-Trim Trim-Trim
Eu: "Estou"
TVCabo (TVC): "Boa noite"
Eu: "Boa noite"
TVC: "Estou a falar com o Sr. Catsone?"
Eu: "Sim"
TVC: "Meu nome é _________. Falo em nome da TV Cabo. Seria possível falar com o Sr. Catsone?"
EU: "Nesse momento não será possível. Está mesmo a começar a missa."
TVC: "Desculpe não queria interromper o seu culto religioso."
Eu: "Como?"
TVC:"Bem, pelo que parece é crente e foi à missa"
Eu: "Desculpe menina, mas eu sou o padre"
TVC: "..."
Eu: "Que Deus a abençoe"
Tu-tu-tu-tu...

E com este, já é o 3º telefonema este mês. Se fosse para dar dinheiro não ligavam tantas vezes!

30 outubro 2009

AIC



29 outubro 2009

Histeria

Não consigo não comentar as cenas que vi nos telejornais. Histeria, pânico, desespero.
Uma criança morreu de gripe A. Uma criança com uma cardiopatia congénita que, provavelmente, morreria desta, doutra gripe ou outra desencadeante.
Este é um facto triste. Perder uma criança desta idade é um grande prejuízo para o país. Que fique claro que esta é a personagem mais inocente de todo este enredo e é realmente triste este desperdício de vida.
Mas apesar de tudo isto, nada justifica o espectáculo apresentado na televisão.
O que faz uma madrasta discursar em frente a uma escola cheia de pais e alunos assustados?
"Crianças, crianças, façam silêncio, respeitem a minha dor". Eu respeito a dor dos que perdem, mas quem perde, o que esta senhora perdeu, não faz discursos em público. Isso sem contar a incrível coincidência da presença de jornalistas de todos os canais nacionais.
E as televisões vão aos hospitais, à casa da criança, ao "comércio dos avós" e colhem depoimentos coléricos dos que nada sabem (ou sabem de forma deturpada).
Num país como o nosso é necessário que a ministra da saúde e os responsáveis de um hospital convoquem uma conferência de imprensa para explicar o inevitável. "Porquê o povo quer saber" e porquê os média precisam de noticias para as 20.
Já escrevi sobre a gripe A (aqui) e mantenho aquelas opiniões. Até hoje a contra-informação é mais forte. É mais credível o "opionista" do jornal nacional do que o delegado de saúde.
E a histeria aumenta...
Imagine-se se a ministra tiver que vir à televisão cada vez que alguém morrer devido a gripe (A ou sazonal).
Observem esta notícia:

"Gripe matou mais de mil pessoas" TVI 07/04/2009

Epá, 1000 pessoas morreram o ano passado? Onde estava a histeria? Onde estavam as pessoas a tentar fechar estabelecimentos?
E não pesquiso noutros locais (muito mais fidedignos) porque me falta a pachorra consumida por esta desinformação obscena.


Esperança

Mais uma letra da minha banda que não foi... mas poderia ter sido:

Esperança

Os dias são todos iguais
Desde de manhã quando leio os jornais
E vou para o trabalho
Fazer de escravo até às seis da tarde.
Almoço a mesma comida de plástico
E vejo os outros com algo fantástico
Para partilhar com o amigo do lado,
Brincam, riem e fazem alarde.

As tardes são todas parecidas.
Tarefas iguais fazendo-se esquecidas.
O copo com água centenária
E o sorriso aberto sem vontade.
As noites começam todas da mesma forma,
Quando entro no carro sem saber para onde ir,
E o trânsito louco que nos transforma
Naquilo que somos de verdade.

Quando nada, mesmo nada, nos prende à vida
É preciso procurar alguém,
Um ombro, um colo, uma cara conhecida
É preciso segurá-la bem


Quando se encontra alguém que nos prende à vida
É preciso segurá-la bem
Agarrá-la, abraçá-la
Sugar o que de bom tem

E os dias deixarão de ser iguais
Deixarão de ser longos e difíceis
Se encontrar-mos alguém
Temos que segurá-la bem

28 outubro 2009

Ora, ora

"Respiração boca a boca prejudica sobrevivência do paciente" Diário Digital

Bem, sendo assim meus caros amigos, quando virem uma menina, como a da foto abaixo, deitada na praia, evitem fazer a respiração boca a boca e concentrem-se na caixa torácica...

Racismo


No rodapé do Jornal da Tarde da RTP:

"Preto acusado de falsificação e fraude fiscal"

27 outubro 2009

Pai sofre III - De fraldado


As fraldas foram uma invenção extraordinária. Aliás, penso se dever a esta peça "íntima", grande parte da evolução da espécie e que acelerou ainda mais com o advento das "descartáveis".
As fraldas sempre estiveram presentes na minha ideia de paternidade. As famigeradas fraldas e as suas trocas estavam na lista de coisas a aprender.

Com a chegada da minha menina, lá tive eu de tomar conhecimento com estas retentoras de excrementos. Tive de aprender a fina arte da troca de fralda, o que seria fácil se ao mesmo tempo a utilizadora da mesma não esperneasse e espalhasse o conteúdo pela área circundante.
E é incrível a velocidade na qual as fraldas se acumulam. No fim do dia já encheram um saco de lixo. Enchem rapidamente todas as latas de l
ixo, das casas de banho à cozinha.
As fraldas tomam conta da casa e, violentamente, conquistam-na. Com a desculpa de estar sempre a mão, vão aparecendo aqui e ali até que, de repente, existe sempre uma fralda por perto e em todas as divisões da casa. Elas estão por toda a parte (e isso inclui também o carro!).

"Ó papa, tens de ir comprar fraldas"
"O quê?Ainda no outro dia comprei!"
"Pois, mas elas não são infinitas"

"Mas olha que, pelo número de fraldas que eu vejo por aqui, até parece que são!"
E lá vou eu comprar as benditas.
Um aparte: um gajo acha estranho que existam corredores só para iogurtes ou bolachas nos supermercados. Então passem a reparar no corredor destinado às fraldas. Elas são imensas, inúmeras, infindáveis, infinitas e ainda umas poucas mais. Elas existem por peso, por idades, mais absorventes, men
os absorventes, com bonecos, mais grossas, mais finas, mais largas, mais fofas e mais uma quantidade anormal de outras características. Existem automóveis com menos extras que algumas destas fraldas. Isso para não falar do preço. Tanto dinheiro... é para um gajo ficar com cara de mer$%, ou melhor, cara de fralda usada.
Lá cheguei ao corredor das fraldas. Tinha as coordenadas exactas, dadas pela minha superior hierárquica, e comecei a procurar: 3-6 Kg, 0-3 meses, dodot®, etapas, abas largas, confort. Na procura, encontrei dois pacotes que se
apresentavam idênticos mas cujo preço de um era metade do do outro. Fiquei com expressão de interrogação, tentando compreender o que catso diferenciava uma da outra. Decidi arriscar e... comprei a mais barata... dois pacotes delas.
Saí do supermercado aliviado e orgulhoso por ter comprado (quase) sem hesitar o pacote certo. Sentia a inveja a vir dos rostos dos outros pais que se encontravam no mesmo corredor. As suas caras cansadas e camisas s
uadas demonstravam a dificuldade da grande missão na qual se encontravam. Eu, no entanto, tinha vencido!
Cheguei a casa e despejei o pacote das fraldas. Sentei no sofá para recuperar do esforço e foi então que ouvi a tão temida frase: "Ó pá, não eram estas!".
"Como??? "
"Vê só, estas não são iguais a estas. Passa aqui a mão"

Rasp, rasp
"E então, vês?"
"Hum, pois, são mais ásperas"
"Já sabes o que tens a fazer"
Ainda tentei convencer a usar aquelas ou sermos mais ecológicos e voltarmos às fraldas de pano: "então, tu lavas as fraldas, ok?" e convenceu-me.
Fui ao super e comprei as fraldas certas.
Isso foi há uma semana, adivinhem onde fui hoje e fazer o quê?

26 outubro 2009

Folha branca


Catsone®

25 outubro 2009

Como diz que disse???

"Vou ser sucinto contigo: fazes tanta falta aos "Ídolos" como um volante num frasco de pickles!"

Do excelente cantor: Pedro Boucherie Mendes

24 outubro 2009

Dissertação sobre o ego

Vasculhando em papéis e cadernos antigos, do tempo do liceu, encontrei textos que escrevi durante aulas mais desinteressantes.
Naquela altura queria escrever um conjunto de composições que falassem de mim mesmo e que, no seu conjunto, intitulei de "Dissecação de uma personalidade".
Pensava, um dia, publicar e... bah, ideias de teenagers.

Foi engraçado reler e identificar coisas que agora não correspondem à verdade. Algumas delas ainda bem, outras tenho pena.
Não modifiquei (ou corrigi) nada do texto original pelo que o publico como escrevi há cerca de 16 anos atrás (provavelmente quando necessitava de aconselhamento psicológico e de estar mais atento às aulas de português).


Dissecação de uma personalidade


Capítulo 1: Do que sou

Sou alguém normal. Sou vulgar, sou comum. Não chamo atenção de ninguém na rua. Não sou bonito; não sou feio. Sou alguém que poderia ser seu amigo ou, pelo contrário, lutaria contigo por algo mundano. Não sou inteligente, não sou demente, não sou doente, mas sofro dos mesmos males dos quais reclamas diariamente. Eu sou eu sem saber quem sou. Talvez seja simples para ti, mas sou deveras complexo para meu próprio entendimento. E nas tortuosas curvas do meu caminho, vou-me segurando ao que posso, curvado e, por vezes, derrotado, frente às vicissitudes do meu "ser", lutando
para não cair.
Sou apenas um; sou, portanto, único. Sou um grão de areia; uma faísca na história. Sou como uma bactéria numa gota d’água. Sou pequeno… como tu. Não tenho gémeo; não tenho sósia; não tenho clone.
Sou responsável em tudo que faço. E sou responsabilizado por tudo que faço. Pago pelos meus erros com elevados juros e não recebo dividendos pelas vitórias. Acostumei-me com o facto, mas foi difícil, e luto para reverte-lo.
Sou o tipo que anda pela rua e, por vezes, fala sozinho, absorvido nos seus pr
oblemas e absorto do mundo à volta. Falar sozinho não é mau, muito pelo contrário, é uma forma de nos conhecermos interiormente; quem nunca falou sozinho, em frente ao espelho perguntando-se sobre o que achariam as pessoas se saísse de casa despenteado? Quem nunca falou sozinho não se conhece verdadeiramente; é um complemento e uma ajuda ao pensar.
Sou um bom amigo dos meus amigos, mas sou problemático em fazer amigos. Sou como um artesão: faço poucos amigos, mas procuro fazê-los bem, delineio a figura, limo as arestas e o produto final é uma amizade para sempre; não me preocupo em fazer pseudo-amizades; aquelas fugazes amizades de situação, de momento, se
m ligações. Tenho muitos colegas mas poucos amigos/irmãos. Estou bem assim.
Não sou convencido. Não sou pretensioso. Não sou arrogante. Sou capaz de reconhecer em mim algumas virtudes, mas não as exagero. Não faço, do que faço, grande alarde. São acontecimentos normais. Não preciso publicitá-los; se as pessoas gostarem, virão procurar mais. E não me preocupo, pois se fizer mal, milhares virão ter comigo, já que, para muitos, o verdadeiro sentido de suas pequenas vidas é procurar ridicularizar outras.
Não sou eloquente. Ao dirigirem-se para mim, falam e eu respondo. Não tent
o conquistar quem quer que seja, com palavras caras; tento conversar. Tento entender e me fazer entender.
Não suporto gente estúpida; penso ser o que acontece com a maioria das pessoas, mas começa a tornar-se difícil encontrar quem não o seja; também já fui muito estúpido no passado e, temo sê-lo mais vezes no futuro e estou a sê-lo agora enquanto escrevo.
Não sou paciente. Expludo por qualquer coisa.
Não tenho paciência para conversa “fiada”. Não tenho qualquer problema em deixar uma conversa a m
eio se não me agradar, como também não fico com gente fútil, por pura falta de pachorra. Há determinadas coisas inevitáveis, e para essas tenho que ter paciência, mas quando a fuga é possível…
Eu sou o que sempre quis ser. Não sou melhor ou pior do que planeei quando criança. Eu sou a figura que a infância e a adolescência, quais oleiras, moldaram com paciência de anos. O resultado não poderia ser melhor…para mim. Eu sou quem não se importa, quem não liga a mínima, don't gives a fuck para o que os outros pensam. Se não
gostam de mim, que se lixe! É bom ser eu…
Não sou, nem quero ser, o melhor nem o pior. Não sou o que vai aparecer por trás do entrevistado, nem serei o próprio entrevistado; estarei em casa a ver a cena. Há milhares que se matam pelos tais 15 minutos de uma fama supérflua, sem saberem o quão ridículo esse estado pode ser. Eu posso doar os meus quinze minutos (mas só pela melhor proposta).
Não sou de esquerda, não sou de direita. Tenho opiniões próprias sobre assuntos “tabu”. Não preciso de uma linha de pensamento pré-fabricada para minhas
decisões. Tento ser eu mesmo quando pedem opinião acerca desses problemas. Não faço aparato e não impinjo a minha opinião aos outros, deixo esse papel aos políticos.


Ah, a adolescência...

21 outubro 2009

Saramargo

Depois do discurso anti-igreja-religião-bíblia do nosso José Saramago, lembrei-me de imediato desta bonita melodia dos Titãs que ouvia em 1986:



Igreja
Titãs
Composição: Nando Reis

Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis.
Não! Não!
Eu não gosto do terço
Eu não gosto do berço
De Jesus de Belém.
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de Deus.
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião.
Não!
Não! Não gosto! Eu não gosto!
Não! Não gosto! Eu não gosto!

Sublime

Na minha 5ª noite seguida de insónia (e não é por culpa da minha menina), fico a ouvir estas vozes angelicais:

20 outubro 2009

Aventura


Aventura


Aventuro-me em ti e na tua longitude
Negligenciando os teus perigos e vicissitudes.
Escorrego na tua fronte e equilibro-me no teu nariz
No preciso instante em que, descontraída, sorris.
Contorno a carne dos teus lábios e apoio-me no teu queixo
Deslizo lentamente para o teu ombro sem desleixo.
Caminho pelo teu colo e perco-me nos teus recantos,
No cimo dos teus peitos miro os teus doces encantos.
Desço com cuidado pois no teu ventre mora o perigo,
Brinco e salto no teu ser e caio no teu umbigo.
Escalo teu monte de Vénus e daqui revejo a tua boca,
Tombo, negligente, e descanso no afago das tuas coxas.
Deixo-me estar, descansado, perdido nessa ilusão:
De estar tão perto de ti mas tão longe do teu coração.

Catsone®

19 outubro 2009

"Vermelho, vermelhaço, vermelhão!"


Vou responder a um desafio amavelmente feito pela Denise. Pedia ela que eu enumerasse dez pessoas e/ou situações que merecessem cartão vermelho.
Isto vai de "sopetão" e vou escrever o que vier à cabeça, mas não deve ser difícil já que complicado seria, neste momento, arranjar 10 coisas que merecessem aplausos.

Lá vai:
1- Pobreza, não só material, mas também a de espírito: eu sei que é utópico mas como é possível que, no auge dos seus conhecimentos, o Homo sapiens continue a permitir que, a metros de distância, estejam crianças a morrer crianças à fome, com frio, com doenças perfeitamente curáveis ou devido à guerra? Aliás, quando terminar este post quantas mais terão morrido?

2- Chico-espertismo: se fosse desporto olímpico já cá cantava um ourozito. O tuga é especialista no golpe, no factor C, no por-baixo-do-pano. Não é à toa que este país tem tantas rotundas, nós somos bons é a contornar as situações. O desenrascanço devia ser elevado a património nacional, não vá uma super-potência usurpá-lo para fins maléficos.

3- Críticos: a crítica é boa e faz crescer quando bem intencionada, no entanto, há muita gente dedicada à fina arte da crítica fácil e depreciativa. Existem pessoas que pensam que sabem que sabem, não sabendo que não sabem puto. E vemos estes intelectuais a destilarem venenos e espumas raivosas nos telejornais, rádios e matutinos. Estes já não iludem quem é inteligente e quem não o é também não os entende, daí a sua opinião estar sobrevalorizada. Os críticos não sabem fazer, mas criticam.

4- Desesperança...(suspiro)

5- Egoísmo: o umbigo é uma coisa maravilhosa, representa a ligação à criação e patati-patatá, mas por vezes deve-se olhar para outras direcções sob o risco de bater-se com a cabeça numa parede (ou num umbigo maior).

6- Ganância: "quem tudo quer tudo perde", infelizmente não passa de um dito popular, mas gostava de ver mais vezes acontecer dessa maneira. Se assim fosse, aqueles que vivem da especulação estariam onde estão hoje os que foram, por eles, explorados. É triste mas, provavelmente, temos alguns genes destacados para este efeito. O apetite por coisas é tão grande que não se olha a meios para se ter. O sinal em moda hoje em dia é o +.

7- Guerra: porquê lutar por uma causa que não é nossa? Porquê raio lutaria eu por problemas, desavenças e interesses de engravatadinhos e diplomatas? Os senhores da guerra que carreguem, eles, as armas e enfiem-nas nos respectivos olhos do cu. O problema da guerra é complexo e fico-me por aqui.

8- Inveja: a relva do vizinho é mais verde, o carro é mais potente, a casa é mais bonita, a família é mais perfeita, a pila é infinitamente maior. A inveja corrói e enoja; é, para mim, o pior sentimento que se pode ter. Por trás de um sorriso amarelo e um "parabéns", o invejoso esconde algo podre e cruel e isso é uma das (muitas) coisas que me assusta.

9- Política: que fique claro que gosto de política mas dava cartão vermelho a todos os políticos/partidos actuais. Não existe ninguém, neste momento, a nível nacional, que ponha os interesses dos outros a frente dos seus. Temo acreditar que nunca houve. "Ó Catsone, tão ingénuo que nós somos, hã?"; pois sou e por isso, por vezes, fico azedo.

10- Religião: fui ensinado desde pequeno que não se deve falar de 3 coisas: Política, futebol e religião; azar do caraças porque gosto de discutir as 3. A religião é a raiz de todas (ou na maioria) as discórdias, passadas e actuais. Em nome de vários deuses cometem-se (passado, presente e futuro) as maiores atrocidades e, depositando nos deuses as culpas, dorme-se de consciência tranquila.

E é isso. É triste perceber que é fácil preencher esta lista e saber que se o desafio pedisse 100, 1000 ou 1 milhão de cartões vermelhos não ficaria um único por atribuir. Mas eu já disse que não gosto de desesperança?

PS: cara Sr. professora, perdoai os erros ortográficos, de acentuação e de concordância mas, às 2 da manhã, não se pôde arranjar melhor.

17 outubro 2009

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Eu tenho uma "Yoko Ono" na minha vida...

16 outubro 2009

Humor negro

"France Télécom: 25 suicídios em 20 meses"aqui

Temos que saber o que se passa nesta empresa e aplicar na assembleia da república. Em 2 anos ia a bancada do CDS e alguns do bloco...

Prostituição política


Vem o engenheiro no seu carocha cor-de-rosa pela Av. da Liberdade acima e depara-se com uma trabalhadora nocturna. Trava imediatamente.
Eng: "Ó boa!"
Senhora: "Olá garanhão"
Eng: "Como te chamas, laranjinha?"
Senhora: "Manela"
Eng: "Adoro o teu fio-dental cor-de-laranja. Fazes coligações? Daquelas bem hardcore?"
Senhora: "Claro"
Eng: "Quanto?"
Senhora: "4 ou 5 ministérios. O das finanças é obrigatório!"
Eng: "Desculpa lá, não querias mais nada, não? Deve haver coisa melhor por aí."
O engenheiro põem o pisca para a direita e encontra novo trabalhador da vida política.
Eng: "Ó doce!Anda cá ao PM"
Trabalhador da vida política (TVP): "Ui, tão ansioso que ele está. Olá panterinha cor-de-rosa!"
Eng: "Epá, tu és uma drag queen? Deixa estar que eu agora sou mais liberal. Alinhas numa coligação para 4 anos?"
TVP: "Claro. São só 3 ministérios e eu quero o da defesa: adoro homens fardados."
Eng: "Isso é muito! E umas relações esporádicas estratégicas"
TVP: "Pobretanas. Pode ser, mas vou querer um ministro e alguns secretários de estado."
Eng: "Não pode ser. Beijo na nádega"
O engenheiro põem o pisca para a esquerda e vê ao fundo uma figura num vestido vermelho.
Eng: "Eh lá... adoro gajas de vermelho"
Gaja de vermelho (GV): "Olá meu pequeno burguês imperialista. Eu aceito teu capital, nem que seja estrangeiro, para podermos dar umas cambalhotas ideológicas."
Eng: "Mas só me calham drags hoje? Ouve lá, quanto cobras por uma tramóia política bem sacana?"
GV: "De que tipo?"
Eng: "Estava a pensar num threesome com aquela jovem beldade escarlate ali?"
GV: "E só pode ser um menage?"
Eng: "E já te podes dar por satisfeita!"
GV: "Não alinho nesse tipo de bacanais, seu porco fascista!" e vai-se embora.
Eng: "Ó amor, anda cá conversar"
A jovem beldade escarlate marcha rapidamente em direcção ao carro cor-de-rosa.
Eng: "Tu és esbelta! Olha lá, as tuas amigas são muito ambiciosas, não queres juntar-te a mim numa aliança quadrienal?"
Jovem beldade escarlate (JVE): "Depois fico com um lugar numa empresa estatal?"
Eng: "Pode-se arranjar qualquer coisita, sim"
JBE: "E um ministro ou dois?"
Eng: "Prontos, já estás a exagerar! Eu não tenho maioria, só posso dar o tal lugar na empresa, até deixo-te escolher."
JBE: "Pode ser na Mota-Engil?"
E o engenheiro acelera a fundo o seu carocha cor-de-rosa. Pensava na chateação que era ter que recorrer às prostitutas políticas quando, há pouco tempo atrás, tinha tudo o que queria.
Decidiu-se por fazer (governo) sozinho. Só se espera é que não saia a mesma porra que o último!

15 outubro 2009

...



Hoje sinto-me lipofrénico...

13 outubro 2009

Quem qué metê na Maitê?

Eu vivi no Brasil 16 dos meus 34 anos. Em S. Paulo, sendo tuga, "sofri" com as anedotas de português que os brazucas contam. Sempre tive fair-play, até porque acho ser salutar sabermos rir de nós próprios, mas confesso que, algumas vezes, senti-me ofendido.
Talvez contassem estas anedotas como forma de compensar o facto de os portugueses, no Brasil, serem pessoas de sucesso. Meu pai, que saiu daqui com uma mão à frente e outra atrás, nunca foi funcionário de ninguém e, embora não tenha ficado rico, posso dizer que saiu-se muito bem em terras de Vera Cruz. Aliás, meu pai tinha tanto fair-play que, após ouvir uma anedota de português, contava outra, ele próprio, logo a seguir. Ao ouvir a anedota que o meu pai contava, os outros engraçadinhos não achavam piada nenhuma já que não tinham atingido o objectivo primário: a ofensa.
Mas também é justo que eu diga que adoro o Brasil e suas gentes. São pessoas alegres, simpáticas e sofridas, que merecem o meu inteiro respeito. Gosto da cultura brasileira que nada mais é que uma mescla de inúmeras outras e que no fim revela um degradée extraordinário. Eles tem Niemeyer, Pitamgui, Machado de Assis, Tom Jobim, Vinícius, Fernanda Montenegro, Elis Regina, etc, etc...
Mas o Brasil também tem Maite's. Inúmeras figuras como esta pseudo-artísta. Nós vamos comendo (alguns literalmente) estas artes todas: novelas, teatro, música, cinema, entre outras. Embora façamos muitas coisas interessantes, parece que o que vem de lá é melhor, mais elaborado e profissional. Mas nós temos o fado, a revista, o Rui Veloso, a Dulce Pontes, o Vasco Santana e até a Amália. Não aceito que o que vem do Brasil é sempre melhor, para mim é apenas diferente.
Quando vi o vídeo desta pseudo-artista fui atingido pela fúria e da minha boca saiu um floreado de bonitos adjectivos (a maioria não reproduzíveis aqui). Aceito que se façam caricaturas de traços da personalidade de um povo, mas não admito que se cuspa em monumentos, que se estereotipem as pessoas e que se "caguem-a-rir" de algo que é, no mínimo, digno de lástima. A fúria foi um primeiro impulso de quem não tem sangue de barata, mas logo a seguir senti pena. Vi uma completa idiota a tentar ser engraçada e que revelou uma incomensurável ignorância em relação a Portugal (Salazar no poder 20 anos? Confundir o Tejo com o mar?). Quem conhece este programa sabe que se trata de um conjunto de 5/6 gajas mal fod#$", com intelectualices, que disparam escárnio e conversa da treta para todos os lados. Eu nem devia perder tempo com isso, mas que se lixe, eu quero!
À Maitê (se isso é nome de gente...) digo que fica muito melhor "peladona" na capa da playboy; reserve-se para isso enquanto pode já que a idade vai dando sinais e o photoshop não faz milagres dessa ordem de grandeza, além de que não vejo mais nenhum talento na sua pessoa. Não ofenda José de Alencar, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Castro Alves: não tente escrever. Não ofenda também Paulo Autran, Lima Duarte, Regina Duarte: não represente. Não ofenda Renato Aragão, Chico Anísio, Bussunda: não tente ser engraçada. E guarde, também, o trabalho de repórter a quem sabe o que faz, quem respeita a cultura e a história de um povo e que não tem problemas em conter a saliva na própria boca. Se cospe em público o que será que faz em casa? Fico desiludido "because you don't swallow".
No Brasil, sendo imigrante, até aceitaria estas piadas de muito mau gosto, mas aqui, na minha "terrinha"? Isso é que era bom!

12 outubro 2009

Parabéns Gondomar!

"Não há, hoje a noite, um restaurante onde a gente pudéssemos jantar todos"
Se eu fosse gondomarense escondia minha cabeça na areia.

Já agora, parabéns também aos de Oeiras que deram maioria a um fulano condenado em tribunal e que joga piriscas de cigarro acesas para o chão.

Parabéns, de verdade, aos leirienses que finalmente tiveram o seu 25 de Abril, aos do Marco de Canaveses e de Felgueiras que deixaram de ser cegos!


10 outubro 2009

Faz-me

Visitei este sítio hoje e fiquei com cara de (mais) parvo:


Primeiro, não sabia que tinham "palavra do dia" e, segundo, a palavra deste dia era qualquer coisa, sim senhor.

E pensar que eu já sugeri este sítio a miúdos hiperactivos... já posso imaginar as perguntas dos petizes aos incautos pais.

09 outubro 2009

Nossa senhora!!!

Hoje vou fazer publicidade... bem, não é bem publicidade, é algo ao contrário.
Parece-me que o Marco Paulo está na moda. A Danone resolveu utilizar a figura do cantor para publicitar um dos seus produtos. Como o moço já tem 64 primaveras, está na hora certa de servir como exemplo aos da sua idade: o colesterol mata...lentinho.
Olha, agora é que reparei, ele já tem 64 e pró ano ele pode se retirar! Temos que o avisar que com 65 anos ele já pode desistir da sua profissão: ensurdecedor.

Mas não foi só a Danone que adoptou Marco Paulo para "menino propaganda", e foi então que vi este comercial:



Esta empresa resolveu apelar e oferecer um CD do cantor (acho que com um "single": nossa senhora) a quem for novo cliente. Na minha, ultra-modesta, opinião, acho que é má publicidade, se eu fosse surdo e procurasse um tratamento para deixar de o ser, gostaria de ouvir as ondas do mar, o chilrear dos pássaros ou a Sinfonia nº9 de Beethoven, e não o Marco Paulo.
Amigos da Minisom, para ouvir Marco Paulo mais valia não ouvir.

08 outubro 2009

Totós

Na TVI (estava a ver este filme) e no intervalo:
"O melhor filme da semana: A escola de totós. Oferecido por: BANIF - A força de acreditar"

Será que o BANIF sabia que patrocinava um filme chamado "A escola de totós"?
E quem serão os totós que vêem isto? Os clientes do BANIF?

Acho que o BANIF tem que rever o contracto de patrocínio com a TVI... ou se calhar está certo.

Por ser tempo de escrutínios

Há coisa de 5 anos atrás, num tempo em que pululavam novas bandas de garagem, eu me juntei a mais 3 tontos para fazer barulho. Não tínhamos nome, não tínhamos tenções de gravar nada, não éramos músicos, mas durante 3 ou mais horas de um sábado por mês lá nos juntávamos para um tempo bem passado.
Dos vários "originais" que ensaiávamos, havia um do qual eu gostava particularmente de cantar (sim, eu era o vocalista). Era uma rocalhada naive sobre um assunto em particular: as eleições.

Dado que no domingo temos eleições e até faço parte de uma lista para a Câmara da minha capital de distrito, aqui vai, em 1ª mão, a letra dum êxito que poderia ter sido mas não foi:


"Política

De 4 em 4 anos, eles pedem o meu voto
Juram austeridade, confiança, competência: um país novo
Digo que acredito e assim deixam-me em paz
Que ganhe este ou aquele para mim já tanto faz
É sempre a mesma história no final do seu mandato
“Eu fiz, refiz, recontrafiz, e a si sou muito grato”
Faço que acredito que o discurso é sincero

Eu voto é meu direito, mas não és tu que eu quero.


São sempre as mesmas caras com as ideias de há 10 anos
Não mudam uma vírgula, qualquer um desses fulanos
Vou votar com coerência, nas próximas eleições
Escrevo no boletim: vão embora seus cab#$"#!


Ser político hoje em dia é muito fácil, meu amigo
Basta ir à assembleia falar do governo antigo
Criticar o que foi certo, enaltecer suas besteiras
E repetir, se for eleito, os mesmos erros e asneiras
No próximo escrutínio não esqueça de votar
Dar aquele seu político a chance de mudar
Num país tão pequenino, com tantos ignorantes
Governar não é difícil, basta fazer como antes."



PS: obviamente que comentários jocosos serão imediatamente banidos... ou talvez não (pu$% da democracia)


07 outubro 2009

Escorregadio

Eu dizia não ser possível que algo me obrigasse a fazer aquela cara de "carneiro-mal-morto" que os adultos fazem ao ver um bebé.
"Ai, tão gira! Cu-cuuuoouuu!" gritinhos de felicidade.
Achava ridículo o espectáculo dado por um adulto na presença de um enfant.
"Tu vais ver quando forem os teu!" diziam revoltados perante a minha frieza.
Achava-me vacinado e imune aos "guti-gutis", "cu-cus" e "quem é linda, quem é, quem é?". Eu fazer essa figura de urso??? Nem pensar! Eu sou um fulano muito macho e nenhum projecto de gente iria me submeter a esse vexame.
Pois bem, eu, como sempre, estava errado.
Os bebés são maquiavélicos! Tenho dito; não há dúvidas. Com aquele jeitinho de quem não quer a coisa, vão nos transformando em patetas de 30 e tais. Parecem hipnotizadores que nos põem a fazer os papéis mais estapafúrdios.
E a minha menina não foge à regra. Eu que sempre fui um homem sério, recto e austero, transformei-me numa espécie de fã tonto: basta ela dar um suspiro e derreto. Quando olha para mim com os olhos bem abertos, põem-me a seus pés. Danada a moça, já sabe o que fazer com um gajo!

O chão cá de casa está húmido e escorregadio.
Não sei porquê...