30 outubro 2010

Voltar para casa

Quem acompanha as "coisas" que escrevinho neste papel virtual conhece um pouco do meu mundo. Sabe que eu tenho uma jovem família, conhece a minha profissão e tem noção de que trabalho longe de casa.
Trabalhar longe de casa influencia as outras vertentes do meu mundo e isso reflectiu-se nos textos que escrevi aqui. Basta ver os textos sobre saudade ou sobre as viagens até ao destino de trabalho.
Ficar a semana toda longe de casa exige muito de quem, como eu, é apegado à família. Traz, no entanto, uma coisa boa: o reencontro.
Se tudo já era difícil, agravou-se ainda mais com o surgimento da minha menina. Perder alguns passos na sua evolução é algo que nem todo o dinheiro do mundo poderia pagar.

Há pouco mais de 3 meses escrevi este texto, no qual relatava a minha metamorfose de interno para especialista de Medicina Geral e Familiar. Esta passagem tinha uma dupla importância: 1º - mostrava uma evolução como profissional; 2º (e mais importante) representou a oportunidade de mudar para um local mais próximo de casa.

Depois de um concurso absurdo, protagonizado pelo Ministério da saúde e seus capangas da ARS, esta semana que passou foi a semana da decisão. Foi nesta última quarta-feira que decidi meu futuro local de trabalho.
Após uma burlesca reunião com alguns (verdadeiros e puros) funcionários públicas daquela última instituição, chegara a hora da escolha. Uma a uma as vagas foram sendo escolhidas e aproximava-se a minha vez...

Tudo isto só para dizer que, após 5 anos de distâncias, de viagens, de encontros relâmpago, de imensa saudade, estou, finalmente, voltando para casa!



Mas vou ter saudades na mesma...

27 outubro 2010

Guerra dos sexos (repost)

Pergunta da minha "mais-que -tudo":
Ela: "- Olha, uso um eyeliner ou não?"
Eu:"?"... hum... hã... na sei! E eu, uso extremos ou vou com um 4-4-2?
Ela: "?"...

26 outubro 2010

Tv Cabo vs Catsone

Andaram desaparecidos... bem, se calhar fui eu que, durante meses, rejeitei tudo que fosse número não identificado. No entanto, lá conseguiram apanhar-me desprevenido (no bom sentido, claro).

TV Cabo (TVC): "Bom dia!"
Eu: "Sim?"
TVC: "Aqui fala Fulano. Represento a TVC e gostava de falar com o Sr. Catsone?"
Eu: "Gostava?"
TVC: "Sim."
Eu: "Já não gosta mais?"
TVC: "Sim, pois, ainda gosto..."
Eu: "Mas o Sr. o conhece?"
TVC: "Pessoalmente? Pessoalmente não."
Eu: "Mas gosta dele. Há coisas do catano, não é verdade?"
TVC:" Pois... bem... é com ele que tenho o prazer de estar a falar?"
Eu: "Elá, o Sr. Fulano está a ter prazer comigo?"
TVC: "Ah, ah. Bem disposto."
Eu: "Na verdade não muito. Ando com uma azia do camandro e uns arrotes azedos. Deve ser duma úrsula que trago no duodenes."
TVC: "Desculpe, mas é o Sr. Catsone quem fala?"
Eu: "Perdão, é ele sim."
TVC: "Como estava a dizer..."
Eu: "Está."
TVC: "Como?"
Eu: "O quê?"
TVC: "Não estou a entender..."
Eu: "Você disse que está a comer."
TVC: "Como?"
Eu: "Está a ver. Quero lá saber que o Sr. Fulano esteja a comer?"
TVC: "Desculpe-me, mas parece haver aí algum mal entendido."
Eu: "Onde?"
TVC: "Onde o quê?"
Eu: "Procurei pela sala e não encontrei qualquer mal-entendido."
TVC: "Queria dizer que deve haver alguma confusão."
Eu: "O que é que quer? Hoje faltou-me a mulher a dias!"
TVC: "Ó Sr. Catsone, queria dizer que esta conversa está um pouco confusa."
Eu: "Realmente, este telefonema está um pouco confuso, está. Mas a culpa é sua, não é? E o cliente tem sempre razão. Mas recomece lá a ladainha."
TVC: "Bem, vai me desculpar, mas não é ladainha..."
Eu: "Peço desculpa, se calhar fui um pouco rude. Ladainha não... lengalenga."
TVC: "Ok, Sr. Catsone, como queira. Como estava a dizer..."
Eu: "Está?"
TVC: "Estou?"
Eu: "Parece que sim, pelo menos estou a ouvi-lo."
TVC: "O Sr. Catsone está a brincar comigo?"
Eu: "Brincar consigo? Mas estou a falar para alguma linha erótica? Eu não brinco com qualquer um, compreende?"
TVC: "... desculpe. Isto não está a correr muito bem. Não se importa que liguemos mais tarde e falava com um meu colega?"
Eu: "Importo-me, sim senhor! Agora que começava a gostar de si quer empurrar-me para outro? Vocês são todos iguais!"
Tum-tum-tum-tum

23 outubro 2010

Os monstros

A bocado, assistindo à Sic Notícias, vi a chegada das equipas do PS e PSD para o início da fantuch, peço desculpa, negociação para a viabilização do OE2011.
Ao ver aqueles dois grupos de patet - opá não sei o que se passa comigo hoje - políticos, lembrei-me de uma cena do (grande) "Monsters Inc":



O problema disto tudo é que eu confiaria muito mais numa equipa liderada por "Mike" e "Sully" do que pelos nossos monstros e dinossauros lusos...

20 outubro 2010

Vossa Excelência


Dedicado ao nosso governo e digníssima oposição, às queridas autarquias e juntas de freguesia, às competentes empresas públicas e privadas, ao idóneo futebol e ao chico-espertismo.

Citando eu mesmo: "Político é igual em todo lado: em Portugal, no Brasil ou na Puta-que-os-pariu!"



Vossa Excelência
Titãs
Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Senhores! Corrupto! Ladrão!...

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Bandido! Corrupto
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão!...

-"Isso não prova nada
Sob pressão da opinião pública
É que não haveremos
De tomar nenhuma decisão
Vamos esperar que tudo caia
No esquecimento
Aí então!
Faça-se a justiça!"

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!...

-"Estamos preparando
Vossas acomodações
Excelência!"

Filha da Puta!
Bandido! Senhores!
Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!
Filha da Puta!
Bandido! Corrupto! Ladrão!...

19 outubro 2010

O mundo de Sócrates

No mundo de Sócrates tudo é perfeito.
No seu mundo multiplicam-se as luzes e as cores e as pessoas enxugam as lágrimas.
Nesse lugar, a principal virtude é o optimismo e a principal actividade é a representação.
Enquanto fala não existe desemprego, doença, violência, injustiça, pobreza, inflação e o défice existente é o de boa disposição.
No mundo de Sócrates tudo é cor-de-rosa: os sonhos, a vida, o rosé,
o 2º equipamento do SLB, o xarope para a tosse, o nariz e os processos judiciais.
No mundo de Sócrates a oposição, que contracena com ele, não tem juízo. Criticam por criticar, não são responsáveis, não têm ideias, não têm princípios. Se se importassem com o mundo de Sócrates aprovavam todos os devan… perdão, todas as suas ideias, propostas, ilusões e malabarismos.
Sendo Sócrates o actor principal procura sempre ficar por cima dos outros protagonistas.
No mundo de Sócrates acontece tudo segundo o seu guião. Todos os que são contra a actuação de Sócrates não são responsáveis e patriotas. Todos os que não comungam das suas soluções mirabolantes são ignorantes, fascistas e mal humorados. Se Sócrates aprova de certeza que é bom para o
país. É um dogma a decisão de Sócrates.

No mundo de Sócrates tudo é incrível; tudo é indescritível.
Nesse mundo não há tristezas, pelo contrário, a alegria é contagiante. Sócrates transmite risos e boa disposição.

O mundo de Sócrates é o circo…


Imagem aqui

18 outubro 2010

Pai sofre XV - Canções de encantar?

Durante as últimas férias, enquanto passeava os olhos pelo youtube, lembrei-me de mostrar alguns vídeos de músicas infantis à minha menina. O primeiro foi o "doidas andam as galinhas" e ela olhou para aquilo com alguma desconfiança. Pouco a pouco, com o passar dos dias, lá foi tomando o gosto e no fim já me pedia, à maneira dela, para lhe mostrar o vídeo. Foi uma espécie de "primeiro estranha-se, depois entranha-se" e, sem querer, havia "criado um monstro".
Com o 1º aniversário chegaram as prendas em forma de dvd's musicais e, agora, a moça anda viciada naqueles bonecos estranhos que tentam traduzir o que as músicas querem transmitir. Qual ditadorazita, já tem o monopólio do quadrado mágico cá da casa.

Durante a minha longínqua infância ouvia meus pais e avós cantarem o "atirei o pau ao gato". Sempre achei essa uma música de mau gosto. Apesar de não gostar de gatos, não sei o que o bicho fez para que alguém lhe tentasse matar à paulada.
Hoje, os miúdos não só ouvem como vêm essa tentativa de gaticídeo: num vídeo, muito mal feito, um gato desvia-se na hora H de um toro sabe-se lá atirado por quem.
Nesse mesmo vídeo vê-se uma espécie de pulga a morder o pé a uma menina. A tal pulga é chamada maldita, provavelmente por ter consigo a Yersínia...

"Se calhar devo estar a fazer uma tempestade num copo d'água. Vamos lá passar ao seguinte"...
O seguinte é sobre um sapo que tem frio e atravessa uma ponte. A ponte treme e faz com que o sapo caia na água onde é degustado por um jacaré. Tudo isso enquanto a mulher o espera em casa, a fazer rendinha para o casamento. Isso dá um belo enredo para uma novela da TVI.
Aliás os sapos são sempre uns tristes nestas músicas, uma segunda canção com o tema "batráquios" refere a existência de um desses bichos que, para além de ser feio e malcriado, tinha a boca torta.
Um outro fala sobre um galo que cantava muito bem mas que desapareceu sem saber para onde e sem deixar rasto (virou cabidela?).
Depois surge o de um pintinho que subiu a uma pedra, caiu e levou uma palmada da Dª Galinha. O gajo cai, parte-se todo e ainda leva na tromba? Isso, em certos países, dava direito a queixa para a CPFP (Comissão de Protecção de Frangos e Pintainhos).
Mais uma e surge a história do Cravo que brigou com a Rosa, numa clara alusão à violência doméstica, um flagelo no país das musiquinhas infantis.
Ainda uma música do Avô Cantigas... e depois isto:



Que susto!!!


Comecei a ficar preocupado com o conteúdo de violência destas canções e, se tudo já era medonho, não sei explicar o que pensei ao ouvir a música com a seguinte letra:

No alto daquela serra
no alto daquela serra
está um lenço
está um lenço a acenar

Está dizendo viva viva
está dizendo viva viva
morra quem
morra quem não sabe amar

Essa última quadra lembra-me uma ala psiquiátrica.


Vou mas é comprar uns filmes do Chuck, Seagal, Stallone e Van Damme: parecem-me ser bem mais inofensivos...


Adenda: por falar nestas músicas, lembrei-me de uma versão da "Ó Rosa arredonda a saia" que a minha senhora quer que eu evite de cantar perto da nossa moça. Essa versão reza assim:

"Ó Rosa arredonda a saia
Ó Rosa não sejas chata
Ó Rosa arredonda a saia
Que a gente quer ver-te a rata"

Essa versão já me trouxe problemas...

13 outubro 2010

Lenda


Para o desafio "O cheiro da chuva" da Fábrica de Letras:


Lenda

Há muito que não chovia no sertão. Nem uma pinga d'água despejada por São Pedro nos últimos 15 anos.

Naquelas bandas poucos insistiam em cavar terras que há muito deixaram de fazer nascer o que quer que fosse.
O rio sem nome, que cortava a cidade, era um fóssil que deixara de alimentar poços, hortas e expectativas.
A única água do lugar provinha das gotas de suor das gentes que teimavam em cultivar a única coisa verde que ainda existia: a esperança.

Diziam ser maldição adquirida durante as últimas chuvas. Naquela altura chuvadas abundantes quase apagaram a pequena cidade do mapa. Muitos pediram pelo fim da calamidade: oraram, fizeram promessas, imploraram aos céus para que as águas cessassem e elas cessaram… para sempre.

Francisco apareceu nessa enchente. Vinha embrulhado, em tecidos toscos e rasgados, dentro de uma caixa de madeira usada para transportar frutas. Ninguém nunca soube de onde viera o menino e muitos imputavam nele parte das culpas.
Foi adoptado por um casal jovem, ainda sem filhos. Deram-lhe guarida quando todos o queriam devolver às águas do agónico rio da cidade. Resolveram criá-lo, na esperança de que Francisco pudesse ser a cura em vez da doença.

Francisco carregara o fardo de maldito ao longo da infância. Se vissem nuvens carregadas ao longe e as mesmas desaparecessem, Francisco já sabia o que lhe aconteceria e corria para a casa de barro dos pais.
As outras crianças ostracizavam-no. Desejou, por muitas vezes, desaparecer tão misteriosamente como aparecera.

Então, numa copiosa tarde soalheira de Dezembro, uma família retirante chegou à cidade. A família Silva era composta pelo casal e seus 6 filhos. Caminhavam há semanas pelas terras secas do sertão e procuravam descansar por uns tempos no lugarejo. Diziam estar de passagem e que a estadia seria breve.

Nessa trupe nómada morava Etelvina, uma menina de olhos e cabelos negros, pele queimada do sol, que conquistou o triste coração de Francisco.

Os dois conversavam durante horas, sentados às margens do rio seco, observando os montes que cresciam no horizonte longínquo.
Ela falava-lhe das paisagens agrestes que conhecera, do calor abrasador do dia e do paradoxal frio da noite, da fome, da sede, da solidão de uma viagem sem rumo ou destino. Falava-lhe do passado e imaginava um futuro um pouco melhor.
Francisco ouvia-a, apaixonado. Sentia uma comichão estranha que lhe percorria o físico sempre que ela lhe lançava o olhar. Sorvia-lhe cada palavra e saciava o espírito com o seu riso.
Nunca se sentira assim. Por momentos esquecera de onde estava. No seu campo visual não cabia nada que não fosse aquela menina, qual imagem de santa aos olhos do pagador de promessas.
Sentia o corpo a responder de formas estranhas: taquicardia, polipneia, visão turva, mania e uma sensação avassaladora de plenitude. Com Etelvina tudo podia, tudo conquistava, tudo era melhor, não era mais maldito.
Na flor dos seus 15 anos, Francisco sentia-se cada vez mais viciado e precisado da sua dose diária de amor...

Tal como prometido, a família levantou ferro e partiu pouco tempo depois. Foi-se embora ainda o sol era um esboço no céu limpo do sertão.
Francisco, que sonhava com Etelvina, não estava preparado para esse pesadelo.

Ao saber da partida inesperada dos Silva, também Francisco partiu. Fugiu para o isolamento em direcção aos montes, seguindo o rasto do extinto rio e deixando para trás a maldição que residia naquele lugar.


As pessoas vieram a correr. Todas gritavam, agitadas, em estado de ansiedade descontrolada. Anunciavam que o rio voltara a correr, que se fizera um milagre: o rio voltara a nascer sem sinal de pinga do céu, sem o vento e o cheiro característicos da chuva.

Declararam ser um rio de água salgada e baptizaram-no de Rio São Francisco.



Luís Fernandes Lisboa ®

09 outubro 2010

365


Nota: este post vem com mais de uma semana de atraso


Há 366 dias atrás eu não era o que sou hoje. Não era Homem por inteiro, não me conhecia na totalidade, não estava completo.
Há 366 dias pensava eu ter medos: medo da morte, medo da perda, medo de coisas banais.
Há 366 dias achava-me um ser feliz e conhecedor do amor mais puro e profundo.
Há 366 dias tinha certeza de que nada poderia ser mais valioso do que aquilo que possuía.
Há 366 dias não me entendia como indispensável e dava um valor relativo à minha vida. Há 366 dias era apenas mais um.
Há 366 dias atrás o mundo era diferente... tão imensamente diferente...

Tudo mudou há 365 dias.
Atingi a plenitude.
Entendi o que é ter medo, um medo real, imenso e desconcertante, principalmente o medo da perda.
Compreendi que a felicidade não tem limites e é passível de grandes incrementos.
Percebi que, afinal, sou importante e indispensável para a manutenção do bem-estar de alguém ainda mais importante do que eu.
Vi que tudo o que tinha não era nada comparado ao que tenho agora.
E, principalmente, conheci um amor diferente, irracional, inesgotável, inimaginável e tão profundo que não se percebe de onde vem. Um amor que nos molda o espírito e nos muda para sempre.


Há 365 dias completei-me... por agora, quem sabe, num futuro a médio prazo, me possa completar mais uma vez.



Imagem Google

01 outubro 2010

Mezinha

Teixeira dos Santos: "Para tomar estas medidas dormi mal" in Jornal de Notícias

Resolvia-lhe o assunto, Sr. Ministro das Finanças: uma cajadada nas têmporas e via se não dormia com os anjos... era remédio santo.